sexta-feira, 11 de julho de 2014


quem me dera

se lá no bar do amor
eu realmente pudesse pedir
uma dose de amor pra beber.

e na oficina esperança
eu entrasse e consertassem
a parte de mim
em que a esperança
está quebrada.

e na relojoaria tempo
eu conseguisse
girar os ponteiros
da minha vida
para o tempo que eu quisesse.

e no borboletário
conseguisse recuperar as
borboletas na barriga.

e no balcão de mapas
me dessem o mapa
que marca
onde ele está.

e no viveiro de pássaros
eu entrasse e saísse
com pássaros que
me pendurassem pela roupa
e me levassem até lá.

11 comentários:

  1. Então a gente imagina que tudo isso ai exista. Se é pra ser leve, vamos ser leve com a alma.

    Um beijo,

    ResponderExcluir
  2. Tente em Situações Inusitadas.

    R.R.

    ResponderExcluir
  3. Eu achei esse poema tão triste...
    Porque aqui se sobressai o conformismo que tanto venho escrevendo, mas não deixa de ser bonito. Como tudo que vem de ti.

    ResponderExcluir
  4. "se lá no bar do amor
    eu realmente pudesse pedir
    uma dose de amor pra beber."

    quem sabe é possível... :)
    dentrodabolh.blogspot.com

    ResponderExcluir
  5. atualmente é capaz de os bares venderem amor mesmo, as lojas passarem a vender sentimentos como um todo... as paixões já são reféns do consumo.

    voemos!

    ResponderExcluir
  6. quando nos falta o pueril
    a inocência lânguida
    o sonho roubado
    vestimo-nos de versos.

    ResponderExcluir
  7. Que lindo! Parabéns pelo teu blog!
    Vem conhecer o meu:

    www.feitaparailetrados.blogspot.com

    ResponderExcluir